Av. Ipiranga, 5311 - Sala 206

Atendimento via e-mail e WhatsApp

  

Medidas para combater o assédio sexual em empresas

O assédio sexual em ambientes de trabalho é enfrentado diariamente por milhares de mulheres. Piadas de cunho sexual, olhares maliciosos e elogios não profissionais são apenas alguns dos exemplos desse tipo de situação. Algumas mulheres não vêem saída para o problema e, muitas vezes, acabam por não denunciar e optam pelo silêncio perante a isso.

Outras adotam um comportamento mais afastado e frio com o chefe ou colega de trabalho, o que também tem conseqüências: aos pouco acontece discriminação no ambiente profissional, como a exclusão de reuniões, de opinião e decisão sobre assuntos que as dizem respeito. Ao realizar alguma denúncia no próprio setor de trabalho, a maioria delas recebe o tratamento com descaso por parte de quem ouve e, na maioria das vezes, nada acontece com a empresa ou com o indivíduo em questão.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) estima que 52% das mulheres já foram vítimas de assédio sexual no país. Felizmente, o número de denúncias dobrou em 2017 em relação ao ano de 2012. Isso se dá em razão dos freqüentes debates sobre o tema e o feminismo em pauta. Um levantamento ouviu 1.400 profissionais do mercado de publicidade e propaganda em São Paulo. Nesse setor, 67% das mulheres e 52% dos homens revelam já terem sido vítimas de assédio sexual, enquanto 97% já presenciaram alguma situação do tipo em seu ambiente de trabalho.

O crescimento das denúncias está fazendo com que empresas adotem campanhas e programas de combate ao problema. Algumas instituições possuem programas de ouvidoria e, quando uma reclamação chega ao canal, inicia-se um processo de apuração e verificação para avaliar comunicações corporativas diretas e indiretas e até informações obtidas em pesquisas de clima. Além disso, o canal investiga todas as denúncias que recebe, observando o comportamento do acusado no histórico de imagens das câmeras internas, além de sua comunicação via e-mail e chats. Se a investigação concluir o assédio, a empresa decide por orientar o profissional ou demiti-lo por justa causa.

Treinamentos e campanhas para o combate de assédio sexual e moral são os métodos mais adotados pelas empresas. Essas medidas têm bons resultados, pois relembram o risco das punições e da responsabilidade de denunciar caso haja o conhecimento de alguma dessas situações.