No Brasil, a segunda maior causa de afastamento do trabalho são as lesões por esforço repetitivo (LER) e o distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT). Devido a isso, foi realizado o Dia Mundial de Combate às LER/DORT, em 28 de fevereiro. Na data, as ações promovidas tiveram o objetivo de garantir a qualidade de vida do trabalhador e também apresentar as obrigações que cabem ao empregador quanto às condições de trabalho.

As LER/DORT não envolvem apenas o âmbito da saúde, sendo essencial que instituições como o Ministério do Trabalho e Emprego (MET) e a Previdência Social estejam incluídas no processo quando algum desses problemas afasta o trabalhador do seu ofício diário. Do contrário, sem o conhecimento acerca de direitos, muitos trabalhadores ficam receosos de prestar uma queixa e, assim, serem prejudicados no trabalho e até mesmo perder o emprego. Uma situação como essa pode levar o trabalhador a se automedicar, escondendo todos os sintomas aparentes por um período. O que poderia ter sido prevenido acaba se tornando um problema maior com o trabalhador comunicando seu afastamento de suas atividades diárias no trabalho por falta de condições de continuar.

Portanto, é importante que o empregador procure informar seus empregados sobre as LER/DORT, criando uma relação boa e transparente. Um funcionário deve, assim que sentir dores, ser encaminhado pelo empregador até um profissional de Medicina do Trabalho e as recomendações deve ser seguidas para não prejudicar o quadro de saúde do trabalhador. Aliás, mais do que esperar o empregado comunicar algo, o empregador deve visar a prevenção.

No ambiente de trabalho, por exemplo, o empregador deve observar as práticas de trabalho e necessidades do ambiente para que a qualidade de vida do trabalhador seja garantida. A carga horária de trabalho excessiva, os riscos ergonômicos que podem gerar danos fisiológicos e psicológicos e ainda pausas para descanso e alongamento são fatores que devem ser considerados.